26.11.06

Revolta saudável é revolta postada

Maldita culpa, culpa, culpa!!!!!!!!!
Por que eu teimo sempre em colocar ela em primeiro lugar?
Fico patinando em cima das coisas, sofrendo por antecedência, me punindo...
Quanto mais feliz eu não poderia ser enquanto ela fica aí martelando na minha cabeça p/ eu prestar bem atenção no que fiz. De acordo com o quê ela quer que eu esteja certa?
Os meus tropeções tinham que ser problema meu, e não dela! Ela tinha que calar a boca e juntar-se a todas as outras tagarelas dentro de mim que ultimamente pelo menos têm me deixado em paz!
Quantas vezes eu fiquei remoendo sentimentos horrorosos ao invés de seguir adiante e esperar que as conseqüências aparecessem por si só. Mas não, eu tinha que ficar me martirizando até que o problema se dissolvesse ou eu descobrisse que na realidade não havia problema algum!
Trouxa
Como pode alguém ser dominado dessa maneira?
Cansei de ouvir dos meus medos e das minhas manias, maluquices, sempre controláveis, mas essa merda não tem níveis baixos nunca! Sempre tenho que achar que algo vai mal, mesmo quando tudo está tão perfeitamente bem!
Eu sei, parece que surtei, mas na verdade eu já queria declarar a minha revolta contra meu sentimento de culpa há muito tempo! É a única coisa que não interessa o quanto o tempo passe ou tudo de bom que aconteça, ela ta sempre lá – seja pelo doce a mais que eu comi depois do almoço, seja por aquela vez lá no colégio em que eu tive vergonha de cumprimentar meu pai na frente dos amiguinhos ou mesmo pelo rumo que eu resolvi dar à minha vida!
Sabe, eu já devo ter dito isso antes – a vida é feita de escolhas! A única coisa problemática dessa frase é que a maioria não sabe que as escolhas não se dividem em certas e erradas. São escolhas; cada qual gera um tipo de conseqüência e cabe a cada um saber quais conseqüências vai querer encarar, e se resolveu fazer uma escolha, então agora agüenta as conseqüências!
Então pra quê a maldita da culpa!?
Eu não fiz escolhas?
Analisei as conseqüências (beleza, às vezes a gente toma algumas decisões que não dá tempo de fazer uma análise detalhada, ou mesmo dependendo do tipo de escolha; a ingestão de álcool pode ser nociva ou não)
Pois então, chega dessa porcaria! Não agüento mais!...
Senso crítico é uma coisa, passar o resto da vida acumulando punições não dá!


A culpa que se foda!

10.11.06

Nunca é tarde p/ postar um bom texto!

O que é que dói mais, o fim ou o recomeço?
Ir em frente ou olhar pra trás?
Tirar as etiquetas das peças nunca usadas, lavar as roupas que ainda guardam lembranças...
Arrumar as gavetas, desfazer a mala, pensar no hoje ou no amanhã.
Mudar de rumo, apertar o passo pra que tudo se torne logo passado. Dormir pra que mude logo o dia, ficar acordada pra que os problemas se solucionem logo, pra que um raio caia na minha cabeça pra iluminar minhas idéias ou parti-la logo ao meio.
Reviver cada lembrança ou passar logo uma borracha pra que a dor também se apague.

Louca, retardada, inconseqüente!

Acabar com a minha saúde ou fortalece-la?
Onde é que está o certo ou o errado?
Tudo isso sem perder o foco nas trivialidades necessárias para a sobrevivência, sejam elas imediatas ou não.
Como fazer planos se eu perdi o meu pé de apoio?
Vejo tantos pontos de interrogação que indicariam estagnação, mas meu coração pede pra seguir, aquecer os motores porque a vida está aí, me chamando pra sorver até a última gota!


Tenho uma caixa de lembranças - nela guardo todos aqueles que amo, nela nunca faltará espaço. Gosto dela sempre aberta, mas nesses dias vis, quero-a trancada pra que ninguém escape e eu possa voltar a preenche-la.


Adeus Você
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo


Adeus você

Eu hoje vou pro lado de lá
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante

Adeus você
Não venha mais me negacear
Teu choro não me faz desistir
Teu riso não me faz reclinar
Acalma essa tormenta
E se agüenta, que eu vou pro meu lugar

É bom...
Às vezes se perder
Sem ter porque
Sem ter razão
É um dom...
Saber envaidecer
Por si
Saber mudar de tom

Quero não saber de cor, também
Pra que minha vida siga adiante

1.11.06

Canteiro

De nuvens, de peças
De amores, de festas
Da escuridão, zunidos
Da algazarra, gemidos

Quanta dor, quanta alegria
Quanta luta, quanta agonia
Quanto ímpeto, quanta ilusão
Quanta mentira, quanta determinação

Se os teus erros são meus
Se os nossos erros são de outros
Perdidos em materiais tenros
Impossível evitar os escombros

O barulho abafa os soluços
A poeira esconde a lágrima reles
Imensa família de loucos

Construída sobre tão confusos alicerces