16.2.07


Vi uma criança assustada, correndo e se escondendo... Nem sabia do que tinha medo!
Já foi jovem, forte, determinada, tinha fogo nos olhos, era indestrutível, vigorosa! Conheceu a dor e não se abateu, subiu e desceu, soube encarar todos os desafios, colheu os louros, também soube aceitar as derrotas, mas sempre de cabeça erguida e postura respeitosa foi adiante sem desistir dos ideais em que acreditava!
Amadureceu e repensou conceitos, desistiu de ser vencedora para ser feliz com o que tinha e foi buscar a felicidade noutros campos, noutras paisagens, num mundo diferente do que aquele que a cercava.
O caminho mais árduo não é aquele com maiores desafios e sim aquele que não se conhece!
Não por falta de coragem ou determinação, o caminho foi se tornando confuso, cheio de atalhos e trilhas diversas, algumas sem saída, outras voltavam sempre ao início do percurso. Procurou o caminho do meio, mas poucos são os que conseguem trilhá-lo corretamente.
Correu, correu e caiu cansada – já era velha, tinha as mãos calejadas, os pés deformados da dura caminhada, o rosto sofrido, cheio de marcas e rugas, os olhos opacos, sem vida! Cansou de viver, cansou de buscar o que não existe, de acreditar no que não se pode crer. Esmoreceu, minguou, agora é vulto, surdo e sem rumo!