7.3.06

Depois de muito tempo volto a bricar...

A gente cresce fazendo brincadeiras no papel pra saber com quem vai namorar, com quantos anos vai se casar, quantos filhos vai ter... Daí pensa que vira adulto e acha todos aqueles números absurdos e dos nomes nem lembra mais!
Eu ainda lembro dos números e nem acho que eram tão absurdos assim. Confesso que dos nomes não me recordo, talvez deduza um ou outro puxando na memória – hoje muitos deles se tornaram amigos maravilhosos, outros se perderam no tempo, na correria do dia-a-dia, nos desencontros da vida ou nas mudanças do destino.
A vida foi seguindo e muitas vezes eu duvidei da felicidade como eu a concebia naquela época, e da mesma maneira que eu não botava mais fé nas brincadeiras eu abandonei também os sonhos do tempo de infância. Achava que não dava mais pra confiar nas pessoas, muito menos do sexo oposto, mas a verdade é que eu não enxergava que amizade e confiança não se medem por quantidade e sim por qualidade. E a meia dúzia de bons amigos que eu amealhei nesses vinte e poucos anos é que vale a pena confiar.
Se eu não confiava nos homens, hoje eu confio no mais íntegro de todos – no homem que eu sei que vai estar do meu lado quando eu precisar de ajuda ou apenas de um abraço, que me completa com apenas um olhar, sem exigir nada em troca e a quem eu me entrego sem esperar promessas, pois já somos parte um do outro. E confio nesse amor como nunca tive coragem de confiar em nada dessa vida, pois independente do futuro, hoje eu sou feliz!
Hoje sou feliz porque aprendi a viver sem medo e sabendo que as quedas fazem parte do crescimento e do aprendizado.
Volto a brincar com as palavras na hora do lazer e voltei a brincar com os números também, mas descobri que mesmo trabalhando com exatas, não posso viver longe dos seres-humanos.